JARDIM LUÍS DE CAMÕES – ANTIGO JARDIM DO PASSAL
Os terrenos designados por "Passal", por se tratar de uma terra anexa à residência paroquial (Bens da Igreja), eram atravessados pelo meio por um caminho elevado em relação à desordem em que se encontrava o terreno e que servia de acesso ao caminho para o Lameiro e para a Embra, que corria todo o traçado da atual rua 25 de abril.
O terreno era muito irregular e, no inverno, ficava coberto de água e muita erva, mostrando-se somente o caminho quando chovia, por estar mais elevado. Sabe-se que, da Real Fábrica de Vidros, vinham despejar restos de vidro sem utilidade para entulharem os buracos mais profundos.
Aquando da demolição do cemitério que se situava no adro da igreja, todas as pedras tumulares foram destruídas, pensando-se que terão sido despejadas também para os buracos do terreno do "Passal".
Este local era ainda ponto de paragem de vendedores de porcos que, antigamente, corriam de sul para o norte do país, negociando os animais. Foram obrigados a ficar parados naquele lugar depois da Junta da Paróquia os ter proibido de circularem pelas ruas da vila tocando a vara e deixando as ruas em lastimável estado. Após a construção do chamado "Jardim Público", o negócio dos porcos passou a fazer-se nos terrenos do Casal do Malta.
Texto de Gabriel Roldão (adaptado)