PARQUE MÁRTIRES DO COLONIALISMO – MONUMENTO AOS HERÓIS DO ULTRAMAR
Quando a Câmara Municipal da Marinha Grande que estava a reconverter o imenso espaço a norte do Casal de Malta, normalmente alagado pelas chuvas de cada inverno, terminou a obra, que seria inaugurada no dia 5 de Junho de 1965, estava já o país mergulhado na guerra do Ultramar.
Resolveu então a edilidade consagrar aquele imenso parque em homenagem aos "Heróis do Ultramar", jovens marinhenses que iam morrendo em África.
Para marcar de forma eterna a desdita desses rapazes, a Câmara Municipal encomendou ao escultor marinhense Joaquim Correia um marco comemorativo que pudesse representar o martírio africano.
Na base do monumento, que foi esculpido pelo marinhense Joaquim Correia, as palavras de Fernando Pessoa, gravadas na Pedra.
"Não dormes sobre ciprestes, pois não há sono no mundo."
Ao fundo está um relevo de um corpo ferido de morte, caído no solo, em perfeita harmonia com o conjunto.
Na parte superior outra legenda de homenagem, lembra:
"O Concelho da Marinha Grande honra os seus heróis".
O projeto para o parque foi encomendado pela Câmara Municipal ao arquiteto Camilo Korrodi, em Agosto de 1965.
Após o 25 de Abril de 1974, por vontade popular e deliberação da Câmara Municipal da Marinha Grande, este parque passou a chamar-se de "Mártires do Colonialismo", assim como o monumento memorial.
Dentro do plano "Polis", iniciou-se a recuperação do Parque em 2002, com uma intervenção que iria beneficiar 55029 metros quadrados de espaço verde no centro da cidade.
Todas as árvores infestantes e degradadas que se encontravam no vasto espaço. foram arrancadas e, em seu lugar, foram plantadas centenas de novas espécies, criadas enormes zonas relvadas, um espelho de água, construído um novo espaço destinado a bar e restaurante e criada uma interessante zona infantil, bem equipada.
Texto de Gabriel Roldão (adaptado)