PRAÇA GUILHERME STEPHENS – FÁBRICA VELHA

Nome tradicional da Real Fábrica de Vidros de John Beare

Esta expressão está de tal forma enraizada no vocabulário popular dos marinhenses que muito poucos se dão ao cuidado de saber a sua origem.

Por tradição, o topónimo é atribuído à RealFábrica de Vidros de Guilherme Stephens, chamando -se "Velha" à velha fábrica.

Porém, a origem do nome não se situa nessa referência tradicional, histórica também, mas menos velha do que a verdadeira "Fábrica Velha".

Quando Guilherme Stephens chegou à Marinha Grande em 1769, começou por contratar velhos operários que tinham sido vidreiros na Real Fábrica de Vidros de John Beare.

A instalação da sua fábrica foi feita em aproveitamento dos terrenos e edifícios abandonados por Beare.

Realizadas as escrituras de compra desses terrenos é o próprio tabelião Francysco Vieyra da Silva que classifica as antigas instalações de "Fábrica Velha" de John Beare, ao redigir as escrituras.Essa escritura datada de 23 de Agosto de 1769, a dado passo diz:

"Guilherme Stephens tinha para comprar todos e quais quer benz de Raiz que lhe fosse necessários para Restabelecimento da Fábrica de Vidros avaliado o seo vallor intrinzico Judicialmente por arbitros elles sobre ditos outorgantes por evitarem semelhantes avaleassoenz amigavelmente se ajustaram e contratavam com o dito Guilherme Stephens e lhe venderam todas as propriedades e mais fazendas de que heram Senhores e pessuidores citas neste lugar da Marinha Grande e as mesmas que tinhão a rendado a Joam Beare as quais samas serradas de terra de pam e pumar de Arvores de fruto tapadas redondamente com balçeiro e valados que partem do Norte com serrada que foy de Manoel Dias e de João Beare e da parte sul com estrada que vay para patayas e para o pinhal Real e Nascente com a dita estrada que vay p. Patayas e com cazas e quintais que forem do dito João Beare e poente com Mattos de varios herdeiros e asim mais lhe vendiam as terras de arneiro a honde se acha cituada a FABRICA VELHA de vidros e suas officinas e mais pateos aonde se costumao por as lenhas paraa mesma fabrica por onde se entra para ella, tapadas com muros que mandou fazer o dito Joam Beare as quaes propriedades...."

Texto de Gabriel Roldão (adaptado"


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