RUA ANTÓNIO LOPES DE ALMEIDA

A rua está situada no centro da Marinha Grande, entre o Largo Ilídio de Carvalho e a rua Marquês de Pombal. O topónimo foi atribuído no dia 8 de outubro de 1974.

António Lopes de Almeida nasceu em Lisboa e veio para a Marinha Grande ainda muito jovem. Empregou-se como vidreiro na Sociedade Portuguesa de Vidros e Cristais.

No passado, as empresas vidreiras obrigavam-se a fornecer gratuitamente, dentro de determinado tempo de consumo, as alpargatas que os vidreiros usavam habitualmente no forno.

Esse ato, recebendo uma senha de fábrica e ir levantar a determinada sapataria as ditas alpargatas, era tido como humilhação para muitos.

Os salários eram miseráveis e, de facto, o dinheiro não chegava para pagar as roupas que rapidamente se esfarrapavam à boca de forno.

Criou-se então um movimento de contestação a esta "regalia", a que chamaram a "greve das alpargatas".

Aproveitaram os trabalhadores, nessa altura, para reivindicarem melhores salários e renovadas condições laborais, a que António de Almeida dedicou um trabalho de liderança, o que lhe valeu ficar marcado perante inúmeros informadores da Polícia Secreta.

Em 1949, foi preso pela PIDE. As torturas físicas e morais foram de tal forma violentas que António de Almeida morreu. Crê-se que terá sido assassinado no dia 23 ou 24 desse mesmo mês e ano, passado seis ou sete dias depois da clausura!

Texto de Gabriel Roldão (adaptado)

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